Saturday, December 02, 2006

rascunho antigo de um tempo presente

num encontro inesperado de ventania lanço-me à reluzente água que me espera num abraço frio mas envolvente onde me largo e me deixo ir como uma folha de outono num dia de inverno a fingir que é primavera.
rodopio lançando o mundo em vários sítios, pegando em cada uma das partes e reformulando o puzzle do cimo duma árvore sorrio... porque há instantes que acontecem muito depressa que não dá para pensar... pensar na história que há de vir, lembrar a que acabou de acontecer..
vindos de longe os pedaços de ventania sorriem contra os vidros fechados na última hora da noite. na hora de todas as coisas, onde todas as forças se reunem para dar luz ao dia ou simplesmente para estar... mais um momento.
eu pertenço à terra que me viu nascer, aquela que com os olhos pardos de espanto me ocupa e abandona logo no momento a seguir quando me deito para trás do momento mais alto que conheço;os meus olhos e fico me mais um pouco por lá onde as horas penduradas dão lugar a um momento onde as palavras repousam do cansaço de quem chega tarde sem marcar horas...

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