Saturday, December 02, 2006

desencontro-me

hoje nasci ao contrário, de pernas para o ar, respirando sem vento nem brisa, velejando sem barco nem rumo, errando no rio para onde vertem todas as coisas sem sentido e sem sítio...
hoje sem sítio, hoje sem tempo, agora sem paciência, sem medo ou força....
paralelo ao sítio onde não me encontro as coisas que fluem como num riacho de madrugada onde as horas derretem com o calor de um sol fugídio e sem solo para amar.onde as pequenas partes do instante se confundem com o momento anterior que já não é porque nunca foi... e assim parto de mim para outro sítio qualquer onde haja um pouco mais de mim por aí..

1 comment:

serrabisco said...

e olha la! Tu escreves bem... poça!
Até fazes tranformar o teu pessimismo numa coisa bela.

Amanha vais morrer ao contrario, vais ver que no dia seguinte nasces com a cabeça pro vento que outrora era irrespiravel. As pernas essas vao-se manter para o ar, porque é no ar que devemos estar sempre.Por completo! O chão é para os passaros, cujo alimento sofre efeito da gravidade. Nós nao somos matéria. Nós não sofremos. Nós.. nao existimos! :o AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
HHHHHHHHHHHHHHHHH
:)