Saturday, May 07, 2011

finalmente o blog!(tentativa 2 uma vez que perdi as passes e etc do outro que tinha iniciado heheh)

Olá! Sou uma aprendiz destas coisas da terra e iniciei-me nesta aventura a relativamente pouco tempo, faz agora um ano que tenho a minha hortinha, aqui não tenho nenhuma pretensão de ensinar mas apenas partilhar e quem sabe alimentar o bichinho para que todos tenham vontade de fazer crescer aquilo que vos alimenta!
Além de ser benéfico para o nosso organismo consumindo alimentos produzidos por nós próprios é também uma terapia uma vez, que não há melhor que ao inicio da manha ou ao fim da tarde andar a cuidar das nossas plantinhas e sentir a magia que acontece quando uma planta cresce!
A todos um bem-haja e que este cantinho vos insite a aprender a ver as plantas crescer!

Wednesday, March 24, 2010

doutra maneira qualquer...

devagar como se o tempo soubesse o que demora o instante.partem de mim para mim os instantes absurdos do silêncio que preenche todas as palavras. e digo, e grito, falo até para o sono que quer ganhar, que ele não ganha nem vence.
abro o portal do quintal e ponho os sonhos a pastar, a voar no horizonte dos anseios, a comer prados de inquietude e beber esperança no ribeiro que teima em não passar duas vezes no mesmo sítio.
nem quero isso para o mundo, passar pelo mesmo sítio da mesma maneira, que seja doutra maneira qualquer...

Monday, March 22, 2010

num só pulsar (frequência trakinice)

a primavera chegou de mansinho pé ante pé com medo de acordar os que dormem o sono profundo do encontro.
apertou-me contra o seu peito que eu senti pulsar de terra, de vento, de amor. e numa batida desconcertante de um bater do coração multiplicou-se pelo universo todo em busca de paz e sossego nos olhos castanhos de terra.
mostrou me as mãos como se a dar tudo desse as suas próprias mãos para apertar, para sentir o mundo todo num só pulsar.uníssono sincronizadamente num só pulsar.forte, vibrante e verdadeiro desvendando os segredos do lado de dentro da alma. remeniscências de um passado presente.para sempre.

Friday, February 26, 2010

amar o mar para sempre

vi te emaranhar nas rochas como um mar revolto que já não sabia o que era terra há muito.
senti as pedras arrepiar com o encontro da terra e do mar numa pegada de um frio com cheiro de sal que não faz sede.
senti que as coisas realmente fazem sentido, que o profundo mar esconde o segredo de azul, o segredo de quem dessasosogado lhe adormece no colo. Sábio, calado e fundo no fundo de todas as coisas que só se sabem às vezes.
e num momento feito instante fechei os olhos como quem olha para dentro e ouvi te a chegar, de repente, de rompante sobre as rochas que acordavam tardias naquela noite de inverno e de tempestade, segredavas a quem te ouvia que o mundo era simples e não doia, que as viagens de nevoeiro eram feitas de luz por dentro e as palavras do mundo todo cabem num rebentar de ondas...

Wednesday, February 24, 2010

chuva ou gotas de água em queda livre

ouvia-se ao longe o perto das gotas de água a cair por entre os espaços vazios.
Aperta-me no coração a sensação de inverno e melancolia, cansada de cansaços frios, esfrego as mãos uma na outra procurando o calor das coisas que existem quando o mundo se cala e nos nasce diante dos olhos.
E as pupilas dilatam como que a reclamar por vida, a ver o mundo do lado daqueles que ainda se espantam. E fecho as janelas, as portas e as portadas e a noite toda em mim. fecho o som, a luz e a estrela que ainda existe e fecho tudo dentro numa caixinha que ponho debaixo da cama, para não se perder, para eu me lembrar de nunca a esquecer.

Wednesday, June 17, 2009

volto aqui a este sítio onde as palavras repousam, volto ferida e mais forte, de olhos baixos e cabeça para cima porque há palavras que nos ferem.mas que não nos matam.

Monday, August 11, 2008

okupação

ocupas-me o desasossego do sono, a inquietude demorada de um olhar que foge a querer ficar perto.

despedida

vi te voar ontem à noite mesmo perto da minha janela. vieste me sussurrar que vais para longe e que as palavras ja não doem, que o tempo cura as dores de alma, que ao crescer aprendemos a ter tempo.
vieste me também dizer que as pessoas são livres de coraçao e um dia vamos ser todos felizes. e com isto foste embora tão de mansinho como entraste, lembrando ao tempo que passou o quanto sorrimos os dois... de mansinho pela vida.